Womb Twin - Portugal

Gémeos singulares são pessoas que partilharam parte da sua vida intra-uterina (na maioria das vezes apenas umas semanas) com um ou mais irmãos ou irmãs gémeos idênticos ou fraternos que não chegaram a nascer. O segredo mais bem guardado até hoje é que o pequeno embrião já tem consciência, já guarda memória.

HAVERÁ PESSOAS GÉMEAS NASCIDAS SINGULARES QUE SOFREM TODA A SUA VIDA, COMO CONSEQUÊNCIA DESSA PERDA DO SEU COMPANHEIRO INICIAL?

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

O feto é inteligente

O 1º encontro de gémeos que se realizou em Óbidos há um ano atrás terá sido um bom motivo para pais de gémeos se conhecerem e trocarem experiências, e para os gémeos presentes partilharem aquilo que todos os gémeos têm em comum - a sua condição de não terem sido gerados sozinhos, logo, de terem uma relação excepcionalmente próxima com um irmão ou irmã.
Para além deste motivo mais festivo, Isabel Seara, organizadora do encontro e vice-presidente do Grupo de Gémeos, também aproveitou, em bom tempo, para dar visibilidade à problemática da redução selectiva ou interrupção de gestações multifetais na reprodução medicamente assistida por técnicas de inseminação artificial, (pode ler mais sobre o assunto em inglês aqui) dizendo, como pode ler-se no
Jornal Oeste Online, que “o Estado não se deve imiscuir na vida privada das famílias e das grávidas que optaram pela inseminação artificial”. O seu argumento é então considerar que “a felicidade da fertilidade se sobrepõe ao risco da gravidez de múltiplos”.

Há aqui uma informação importante em falta, relacionada com a vivência do feto que fica depois de se ter interrompido a gestação do/s seu/s irmão/s gémeo/s.
Como sabemos, por experiência própria, a alma do feto "tem o tamanho" da alma do adulto! Ele sente o que se passa à sua volta, e mais do que isso, tem acesso aos sentimentos das pessoas que o cercam, possivelmente através da mãe. Existe uma comunicação intensa (fisiológica e/ou espiritual) entre o embrião e a mãe desde a formação do blastocisto, ficando tudo registrado na extraordinária capacidade da sua memoria celular (ou espiritual).
Temos que nos colocar a questão de como se sentirá uma pessoa que "sobreviveu" a uma intervenção médica em que indiferenciadamente os seus irmãos foram eliminados?

Este caso narrado por Thomas Verny e John Kelly no seu livro A Vida Secreta da Criança antes de nascer, uma referência da psicologia pré e peri-natal, demonstra a consciência que o feto tem de tudo o que se passa com a sua mãe e a sua envolvente
.
O Dr. Peter F. Freybergh, professor de obstetrícia e ginecologista da Universidade de Upsala, na Suécia, observou que Kristina, um bebé robusto e bem comportado, revelou um estranho comportamento: recusava-se a mamar no seio da mãe. Aceitava o biberão ou o seio de outras mulheres, mas não queria nada com o alimento materno. Dr. Peter, indagando da mãe a razão de tal comportamento, recebeu um “não sei” como resposta. Quando, porém, o Dr. Peter foi mais incisivo na pergunta: “Mas você desejava realmente esta gravidez?”. Ela esclareceu: “Eu queria abortar, mas o meu marido desejava esta criança, então, mantive-a”. “Isto era novidade para o Peter, mas obviamente não o era para Kristina”, comenta o Dr. Verny; “Afectivamente rejeitada no útero, Kristina, com apenas quatro dias de vida e inteiramente dependente, estava firmemente decidida a rejeitar a sua mãe”.

A Dra. Joanna Wilheim, Presidente da Associação Brasileira para o Estudo do Psiquismo Pré- e Peri-Natal, afirma com base nos seus estudos científicos que “Se conceituarmos inteligência como a capacidade para auto-gerir-se mentalmente; adaptar-se e adequar-se a situações novas; seleccionar condições e aproveitar experiências – o que implica aprendizado e memória -, podemos concluir que de facto elas estão presentes no feto desde o período inicial da gestação”.

Sem comentários:

Enviar um comentário