Womb Twin - Portugal

Gémeos singulares são pessoas que partilharam parte da sua vida intra-uterina (na maioria das vezes apenas umas semanas) com um ou mais irmãos ou irmãs gémeos idênticos ou fraternos que não chegaram a nascer. O segredo mais bem guardado até hoje é que o pequeno embrião já tem consciência, já guarda memória.

HAVERÁ PESSOAS GÉMEAS NASCIDAS SINGULARES QUE SOFREM TODA A SUA VIDA, COMO CONSEQUÊNCIA DESSA PERDA DO SEU COMPANHEIRO INICIAL?

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Amor Maior

O gémeo nascido singular ama o Amor Maior, e o amor platónico é deslumbrante, por ser alimentado pela ilusão.

O gémeo sobrevivente busca durante toda a sua vida ardentemente aquilo que conheceu na origem, na relação com o seu companheiro inicial.

Essa relação pode ter tido contornos tão diferentes, como diferentes são todos os seres humanos. Nem todos os sobreviventes de gestações gemelares vivem fundamentalmente obcecados pela procura do Amor que os uniu. Os outros sentimentos como o abandono, a tristeza ou a raiva, ao serem recordados lá do fundo das suas consciências, podem vir a influenciar profundamente as suas vidas.

O amor primordial, delicado e sublime que os dois pequenos fetos experimentam é recordado, como um inefável sentimento de amor puro, uma relação harmoniosa e perfeita, provida de uma sublime beleza. Este sentimento de perfeição é muitas vezes reencenado como sendo, o que hoje é comum chamarmos, o amor platónico, ou o amor a Deus, afinal, uma variante do amor platónico. Ficino, o filósofo que traduziu para o latim a obra de Platão, dizia que “o amor platónico é o desejo da beleza, enquanto representação do divino".

No útero, o novo ser humano em desenvolvimento é, antes de mais, um ser espiritual, um ser que está em vias de encarnar, cuja ligação ao mundo invisível é mais forte que a ligação ao mundo terreno. Dois fetos juntos no útero são dois seres essencialmente espirituais, ligados entre si. Mas o pequeno corpo em desenvolvimento, que já sente e já guarda memória, é um instrumento da dimensão espiritual. A sexualidade, sendo uma forma de expressão do prazer corporal, é também uma manifestação do prazer resultante da união espiritual entre ambos os fetos.

Nas relações amorosas, o sobrevivente de gestações gemelares adulto, traumatizado pela falta do seu saudoso companheiro de viagem, pode procurar reencenar a experiência espiritual por que tanto anseia, tanto através da recusa determinante dos prazeres carnais (mantendo as suas relações amorosas ao nível espiritual) como através da vivência intensa da relação sexual por si só (podendo mesmo desenvolver uma obsessão ou dependência pelo prazer sexual).
(ver também o contacto corporal com o outro)

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Dia do Gémeo Singular

Hoje, dia 21 de Dezembro, é o dia escolhido para homenagear (aqui a comemoração da Wombtwin.com) todas as pessoas que, nascidas sós (isto é, aparentemente não-gémeas), nos secretos primórdios da sua vida intra-uterina foram geradas como gémeas, ou mesmo, que viveram com os seus irmãos gémeos durante uma boa parte da sua gestação. Elas são chamadas de gémeos singulares porque não tiveram tempo de vida depois do nascimento com os seus irmãos.
Para comemorar este dia escolhi este ano (aqui o post comemorativo de 2009) uma canção do Jorge Palma, que dedico aos meus pequeninos de início de viagem. E mais uma vez agradeço ao cantor e a sensibilidade para compor letras e músicas como esta, que contam toda a nossa história com tanto pormenor e delicadeza!






domingo, 12 de dezembro de 2010

Frida Kahlo

Foi uma pintora mexicana, que pintou dezenas de auto-retratos (ver aqui), era obcecada pela sua imagem...

Na sua biografia do site da Fundação de Frida Kahlo, lê-se que dos 143 quadros que Frida pintou, 55 são auto-retratos, incorporando muitas vezes elementos simbólicos que descrevem as suas dores físicas e psicológicas. Lê-se ainda que ela insistia dizendo:
"Eu nunca pintei sonhos, sempre pintei a minha própria realidade."

Não duvido!
Aqui até pintou duas Fridas ligadas...

Esta é uma homenagem a Frida.