Ao ler acerca deste assunto é possível que se questione: será que sou um Meio-gémeo sobrevivente? Eventualmente só terá uma resposta a esta questão com o passar do tempo, o nosso inconsciente faz um bom trabalho no que respeita a esconder traumas. É importante ir-se escutando a si próprio e não tirar conclusões precipitadas.
A memória intra-uterina, aparentemente longínqua, está sempre presente imediatamente atrás dos nossos olhos, é um filtro através do qual nós vemos o mundo. Se nos conseguirmos observar um pouco talvez nos seja possível identificar algo desse filtro.
Quando alguém que sofreu um trauma é exposto a uma situação semelhante à do seu trauma, ou que o leva a recordar, o corpo geralmente dá sinal através de determinadas reacções. São chamadas sensações corporais de activação do trauma que frequentemente se traduzem em tosse, tristeza, lágrimas incontroláveis, medo, sonolência, arrepios ou calafrios, raiva, escandalizar-se, mal-estar geral ou dores de cabeça, entre outras.
Há ainda outros sinais aparentemente banais que podem dar mais uma indicação sobre a probabilidade de ter tido ou não um irmão/ã gémeo/a desaparecido/a:
- Pode informar-se acerca da sua gestação, muitas vezes as mães que tiveram fortes hemorragias no primeiro trimestre da gravidez perderam um dos gémeos.
- Em situações em que a mãe faz um aborto e continuou grávida a criança que nasceu provavelmente não estava lá sozinha.
- Se já há mais gémeos na família.
- Se teve um nascimento traumático, prematuro, ou com baixo peso à nascença.
Se ao ler estes textos tiver algumas dessas reacções ou situações descritas, isso pode ser um indicador de que também é um gémeo sobrevivente.
Afinal somos um oitavo da população mundial!
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário