Foi no dia 25 de Maio de 2008 que o criei! Para assinalar esta data quero recordar a minha mãe, e colocar aqui uma imagem do último quadro pintado por ela (cópia de um original de Sarah Affonso) em Janeiro 09. Ela faleceu um mês depois, a 26 de Fevereiro de 2009.
Gosto de pensar que foi um presente que me deixou... uma espécie de mensagem secreta, o reconhecimento da existência fugaz da sua filha Mónica, a minha irmã gémea.
Obrigada mãe! Tenho saudades tuas. E acredito que vocês estejam agora juntas, a caminho da Luz. :)
domingo, 3 de junho de 2012
sábado, 2 de junho de 2012
Ser Camaleão
Passar despercebido, ser invisível, não dar nas vistas, não constar, não aparecer, NÃO EXISTIR!
O gémeo que nasce sozinho não quer existir, não quer existir porque parte dele não existe mesmo...
Para existir ele tem que se sentir presente, tem que se sentir total, e como pode ele sentir isso?... se lhe falta uma parte de si próprio?
Para além disso ele precisa de se identificar com o que o rodeia, é vital para ele "agarrar-se" a alguma coisa real e identificar-se totalmente com ela. Algo que lhe dê sentido à vida; essa é mesmo uma questão de sobrevivência... E acaba muitas vezes por se confundir, fica perdido entre o que pensa que é e o que ele é: um ser humano como os milhões de seres humanos à face da terra.
O gémeo que nasce sem o seu companheiro/a inicial sente-se como o camaleão:
De tanto querer integrar-se e desaparecer no que o rodeia, de tanto querer dissimular-se no seu entorno, de tanto querer fingir que não existe, fingir que NÃO EXISTE, que não está lá, fingir que não há lugar para ele no mundo (- oh, camaleão...), de tanto querer fundir-se, não para agradar mas para sobreviver, o camaleão perde-se de si mesmo, não sabe quem é. Então se é camaleão, é..., não é nada.
- Oh, camaleão... descansa, sossega esse teu coração confundido.
Vê, vê-te, sente-te, reconhece-te, AMA-TE!
O gémeo que nasce sozinho não quer existir, não quer existir porque parte dele não existe mesmo...
Para existir ele tem que se sentir presente, tem que se sentir total, e como pode ele sentir isso?... se lhe falta uma parte de si próprio?
Para além disso ele precisa de se identificar com o que o rodeia, é vital para ele "agarrar-se" a alguma coisa real e identificar-se totalmente com ela. Algo que lhe dê sentido à vida; essa é mesmo uma questão de sobrevivência... E acaba muitas vezes por se confundir, fica perdido entre o que pensa que é e o que ele é: um ser humano como os milhões de seres humanos à face da terra.
O gémeo que nasce sem o seu companheiro/a inicial sente-se como o camaleão:
De tanto querer integrar-se e desaparecer no que o rodeia, de tanto querer dissimular-se no seu entorno, de tanto querer fingir que não existe, fingir que NÃO EXISTE, que não está lá, fingir que não há lugar para ele no mundo (- oh, camaleão...), de tanto querer fundir-se, não para agradar mas para sobreviver, o camaleão perde-se de si mesmo, não sabe quem é. Então se é camaleão, é..., não é nada.
- Oh, camaleão... descansa, sossega esse teu coração confundido.
Vê, vê-te, sente-te, reconhece-te, AMA-TE!
quarta-feira, 9 de maio de 2012
Gilka Machado
SAUDADE
De quem é esta saudade
que meus silêncios invade,
que de tão longe me vem?
De quem é esta saudade,
de quem?
Aquelas mãos só carícias,
Aqueles olhos de apelo,
aqueles lábios-desejo...
E estes dedos engelhados,
e este olhar de vã procura,
e esta boca sem um beijo...
De quem é esta saudade
que sinto quando me vejo?
Gilka Machado
(in Velha poesia, 1965)
"Nesta ausência que me excita, tenho-te, à minha vontade, numa vontade infinita...
Distância, sejas bendita! Bendita sejas, saudade!"
Gilka Machado
De quem é esta saudade

que de tão longe me vem?
De quem é esta saudade,
de quem?
Aquelas mãos só carícias,
Aqueles olhos de apelo,
aqueles lábios-desejo...
E estes dedos engelhados,
e este olhar de vã procura,
e esta boca sem um beijo...
De quem é esta saudade
que sinto quando me vejo?
Gilka Machado
(in Velha poesia, 1965)
"Nesta ausência que me excita, tenho-te, à minha vontade, numa vontade infinita...
Distância, sejas bendita! Bendita sejas, saudade!"
Gilka Machado
Etiquetas:
identidade,
saudade,
sexualidade,
sofrimento
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Composição em vez de oposição
"(...)
Aquilo a que resistis, persiste. Isto porque, pela vossa continuada atenção nele de uma forma negativa, continuais a colocá-lo lá. Não podeis resistir a algo que não está lá. Quando resistis a algo, vós colocai-lo lá. Ao focardes a raiva ou energia de frustração nele estais, na verdade, a dar-lhe mais força.
(...)
Mudar não é resistência, mas alteração. Modificar não é resistir, mas antes continuar a Criação Pessoal. Resistência é o fim da criação. Mantém firmemente a anterior criação no lugar.
Em cada momento de dificuldade e desafio na vossa vida tendes uma escolha: oposição ou composição. Para repetir: podeis opor-vos ao que estais a experimentar ou compor o que haveis escolhido.
Compor o que haveis escolhido"
Eu quero libertar-me da dor da perda e viver a minha vida plenamente, como tenho o direito de viver, mas estou zangada, frustrada, resistindo a aceitar que eu sou também essa perda. Diz Donald Walsh que através dessa resistência, dessa rigidez, dessa tensão, eu coloco-me exatamente e persistentemente no mesmo lugar de sempre. O que diz este senhor é que fico presa no meu próprio enredo, repetindo o mesmo padrão vezes e vezes sem fim. Diz ele que não me safo...
E o que ele aponta como saída é a não-resistência, o abandono, o relaxamento, baseados na profunda confiança de que a vida é perfeita e que tudo é como deve ser.
O que ele aponta como saída é a possibilidade de, em vez de lutar para eliminar a tristeza e a confusão (p. ex.) que me caracterizam, eu as receber com tranquilidade, apenas compondo, isto é, alterando/modificando determinadas opções práticas, para então alcançar a vida plena que busco.
Composição em vez de oposição! não me soa nada mal...
Aquilo a que resistis, persiste. Isto porque, pela vossa continuada atenção nele de uma forma negativa, continuais a colocá-lo lá. Não podeis resistir a algo que não está lá. Quando resistis a algo, vós colocai-lo lá. Ao focardes a raiva ou energia de frustração nele estais, na verdade, a dar-lhe mais força.
(...)
Mudar não é resistência, mas alteração. Modificar não é resistir, mas antes continuar a Criação Pessoal. Resistência é o fim da criação. Mantém firmemente a anterior criação no lugar.
Em cada momento de dificuldade e desafio na vossa vida tendes uma escolha: oposição ou composição. Para repetir: podeis opor-vos ao que estais a experimentar ou compor o que haveis escolhido.
Compor o que haveis escolhido"
Neale Donald Walsch, Quando a vida parece contrária aqui
Eu quero libertar-me da dor da perda e viver a minha vida plenamente, como tenho o direito de viver, mas estou zangada, frustrada, resistindo a aceitar que eu sou também essa perda. Diz Donald Walsh que através dessa resistência, dessa rigidez, dessa tensão, eu coloco-me exatamente e persistentemente no mesmo lugar de sempre. O que diz este senhor é que fico presa no meu próprio enredo, repetindo o mesmo padrão vezes e vezes sem fim. Diz ele que não me safo...
E o que ele aponta como saída é a não-resistência, o abandono, o relaxamento, baseados na profunda confiança de que a vida é perfeita e que tudo é como deve ser.
O que ele aponta como saída é a possibilidade de, em vez de lutar para eliminar a tristeza e a confusão (p. ex.) que me caracterizam, eu as receber com tranquilidade, apenas compondo, isto é, alterando/modificando determinadas opções práticas, para então alcançar a vida plena que busco.
Composição em vez de oposição! não me soa nada mal...
quinta-feira, 15 de março de 2012
Experiência Somática
"É universalmente verdadeiro que a renegociação do trauma é uma jornada intrinsecamente mítica, poética e heróica." - Peter Levine, in O DESPERTAR DO TIGRE: CURANDO O TRAUMA, STRESS pág. 109
A mim isto soa-me muito bem :)
"A Experiência Somática (Somatic Experiencing®) é uma técnica terapeutica de abordagem do trauma através da consciência corporal, já difundida por todo o mundo. É o resultado de mais de quarenta anos de observações, investigação e pesquisa do Dr. Levine. É baseada na observação que o ser humano tem uma capacidade inata de ultrapassar os efeitos dos trauma..." Mais em inglês aqui
... e dizem que ajuda mesmo em casos de traumas pré-natais...
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Caminhada pela womb twin
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