Hoje celebra-se mais um dia anual do Gémeo Sobrevivente (explicação aqui) e este poema anónimo foi enviado através da Newsletter da nossa Associação mãe, a Wombtwin.com para o comemorar. Disfrutem!
MOIETY
Halfness is a divided soul.
I walk on a one-legged limp;
I see one-eyed with no depth of vision;
I cannot tell how near you are to me.
One side is emptiness and death;
An unslaked thirst; a mirage of completion:
A cracked box, empty and crumbling into dust-
What was there was something: nothing now.
The other side is yearning and pain;
Tears for two, and anguish for more than myself.
An empty chair at the feast of life.
My voice is stilled by the sheer silence of you.
How can I ever find you if I let you go?
Will we both be forever dying,
Hung in a hammock over the abyss,
Clinging to our half-life to be together?
Come to me now and we will say farewell:
Be with me for one last, brief moment!
Let us say how much we love;
Let us share just once, just once - now go!
The treasure chest stands between us.
My life, my voice, my strength, is there
Locked away for you for many years:
I want to grow, even without you -
I may.
And now I will.
FRACÇÃO
Metade é uma alma dividida. Ando coxo, numa perna; Vejo só com um olho sem visão de profundidade; Não sei o quanto estás perto de mim.
De um lado é o vazio e a morte; Uma sede acesa; uma miragem do todo: Uma caixa partida, vazia a desfazer-se em pó. O que lá havia era algo: já nada é agora.
O outro lado é saudade e dor; Lágrimas de dois, e angústia por mais que só eu. Uma cadeira vazia no banquete da vida. Minha voz calada pelo teu absoluto silêncio.
Como poderei encontrar-te se te deixar ir? Será que vamos ambos ficar ambos a morrer para sempre, Pendurados numa rede sobre o abismo, Apegados à nossa meia-vida para estarmos juntos?
Vem ter comigo agora e vamos dizer adeus: Fica comigo por mais um breve momento! Vamos dizer o quanto nos amamos; Vamos partilhar só mais uma vez, só uma - agora vai!
Temos um tesouro entre nós os dois. A minha vida, a minha voz, a minha força estão lá. Trancadas para ti há muitos anos: Eu quero crescer, mesmo sem ti --
Eu posso-o, E agora eu vou…
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
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