SAUDADE
De quem é esta saudade
que meus silêncios invade,
que de tão longe me vem?
De quem é esta saudade,
de quem?
Aquelas mãos só carícias,
Aqueles olhos de apelo,
aqueles lábios-desejo...
E estes dedos engelhados,
e este olhar de vã procura,
e esta boca sem um beijo...
De quem é esta saudade
que sinto quando me vejo?
Gilka Machado
(in Velha poesia, 1965)
"Nesta ausência que me excita, tenho-te, à minha vontade, numa vontade infinita...
Distância, sejas bendita! Bendita sejas, saudade!"
Gilka Machado
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário