Na vida adulta o gémeo singular procura repetidamente situações que lhe façam recordar aquele estado de sofrimento que ele tem guardado na sua mais recôndita memória: a sensação de vazio e de falta, aqui tão bem descrita nesta música sobre a "falta de ar". Como se a ausência do Outro conduzisse à impossibilidade física de viver.
E é surpreendente esta letra:
- ela duvida se morrerá antes de acordar, por tê-lo perdido;
- sem ter querido partir, o coração do OUTRO pára, deixa de bater...
- o OUTRO sente-se igualmente só, sem saber como fazê-la entender isso...
- ela sente-se SÓ por estar apenas consigo...
- o mundo deles gira à volta um do outro...
- eles estão nas águas profundas...
- sem o OUTRO ela não consegue respirar...
- ele flutua até ela, não existe força da gravidade...
- e, no final, para seu espanto, mesmo sozinha, ela continua viva por dentro; ela sobrevive apesar de aparentemente não conseguir respirar...
hmmm...
:-)
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