Houve tempo para receber informação, para falar de coisas sérias, para rir e conversar, e para trabalhar no processo interior de cada um.
Na sexta-feira ao fim da tarde a Althea Hayton abriu o encontro apresentando o seu projecto e em seguida foi a minha vez de falar sobre como ajudar os bebés e crianças gémeas singulares, e apresentar o meu livro para crianças ME and WE, desenvolvido a partir daquele que escrevi com a minha filha Eu e a minha Gémea (ver inf. à esquerda). No sábado foi apresentado um trabalho de investigação realizado na Hungria baseado num questionário parecido com o que Althea desenvolve; o psicólogo alemão Alfred Austermann falou sobre o Trauma e Cura para gémeos singulares; falou-se depois sobre o tema da sexualidade e ainda sobre o conceito de gemelaridade. E no domingo começou-se por um ritual individual de cura de cada participante para depois se passar às questões mais concretas relacionadas com a vida da Associação Wombtin.com em que se fizeram balanços, contas e planos para o futuro.
O que eu trouxe de mais precioso deste encontro wombtwin.com, para além da partilha extremamente sincera e profunda com todos os presentes, foi o seguinte entendimento do que é a identidade gemelar:
Um gémeo é para sempre um indivíduo dual (dois num corpo); há uma presença constante do outro em cada um dos gémeos: Eu não sou apenas eu, eu sou nós em simultâneo, eu sou aquilo que eu sou mais aquilo que tu és.Resumindo:
Os gémeos que nascem singulares são assim, e do mesmo modo, duais, sendo que o outro não está (nem nunca esteve) presente neste mundo: Eu não sou apenas eu, eu sou nós em simultâneo, eu sou aquilo que eu sou (ser terreno) mais aquilo que tu és (ser espiritual).
Qualquer intenção de separação resulta em desastre, e em desintegração! Só a integração, a fusão das duas entidades originais numa só, é que pode ajudar!
O gémeo que nasceu sozinho, ao tomar consciência da sua história de gemelaridade, precisa de abraçar o seu gémeo "perdido" trazendo-o para a sua vida, para aceitar, integrar e principalmente celebrar a sua dualidade.
Como afirma Tchan Montmory, uma das participantes: o gémeo singular é a manifestação corporizada da ilusão da separação. Porque de facto Somos Todos UM.
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